GCLIO

O Grupo Clio é uma associação de educadores dedicados ao ensino, pesquisa e cultura, sua fundação oficial se deu no ano de 2008, a partir dos anseios de um grupo de historiadores que buscavam construir um verdadeiro fórum de debate sobre inúmeras questões pertinentes a educação e a democracia em nosso país. Atualmente o GCLIO reúne educadores das mais diversas áreas e espaços de atuação com o propósito de ampliar os horizontes do nosso povo, construindo a unidade possível em torno da democracia e do republicanismo, e o consenso necessário da educação nas suas mais variadas vertentes. Defendemos a universalização do ensino público com a qualidade necessária para habilitar nossas crianças e jovens na vanguarda civilizacional através de dois pilares básicos a inclusão social e a participação política.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Debates e Reflexões GCLIO.

Sonhos?


Prof. Maurício Manoel.
Membro efetivo do GCLIO.


“O que você quer ser quando crescer?” Escutei várias vezes essa pergunta em minha infância e adolescência. Médico, modelo, Bombeiro, jogador de futebol, Advogado e Professor eram as respostas mais freqüentes dadas pelos garotos e garotas que também eram indagados. Alguns, ainda muito inocentes, respondiam que queriam ser super-heróis, personagens de filmes ou até mesmo de desenhos animados. Era uma pergunta inocente, com respostas inocentes, mas que refletiam um sinal do momento que cada jovem que respondia passava, refletiam suas preferências e seus sonhos.

Sonho. Percebo que a cada dia essa palavra vai desaparecendo do vocabulário de nossa juventude. Parece que os sonhos ficaram menores ou estão deixando de existir. Não falo daqueles sonhos absurdos, fantasiosos, que nos faziam passar noites acordados pensando em como seria se realmente acontecessem; falo dos sonhos mais palpáveis, dos sonhos mais “reais”.

Não vejo mais, em boa parte da juventude, aquela vontade de lutar pelo que se quer, de “chegar lá” pela força e competência. O que vejo é uma juventude que, em sua nobre parcela, apenas espera, não questiona e, se a maioria aceitar, aceita também o que lhes é proposto ou imposto. Os desejos mais imediatos e desnecessários se tornaram mais importantes que os sonhos a médio ou longo prazo. O que vão fazer no fim de semana tornou-se a razão de viver de boa parte dos jovens, que considera uma total perda de tempo passar um fim de semana lendo, assistindo a bons filmes ou até mesmo estudando para uma importante prova que farão na segunda-feira pela manhã.

Claro que essa não é uma realidade aplicada a todos os jovens, todavia, a parcela que não se encaixa no padrão “baladas e bebidas” é vista como alienígena nessa realidade que se instaura e se inflama de forma desequilibrada e com certa contribuição da sociedade em geral que não fiscaliza o aumento do tráfico de drogas em regiões onde determinadas festas acontecem ou até mesmo dentro dessas festas; não questiona a venda desenfreada de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos nesses ambientes; parece não ligar para os constantes acidentes de trânsito ocorridos após a realização desses eventos devido ao alto consumo de bebidas alcoólicas e não analisam o tipo de mensagem transmitida nas músicas que esses jovens escutam nesses locais.

A diversão a qualquer custo tornou-se o “sonho” de parte da juventude. As baladas regadas a irresponsabilidade, bebidas e outras coisas - que prefiro nem citar - iludem, alimentam, estimulam, empolgam e alienam as pobres mentes dos jovens que cada vez mais se perdem e se tornam insensíveis a esse tipo de crítica, na verdade até se posicionam veementemente contra o que minhas palavras expõem nesse texto.

Nem tudo está perdido. Não é possível que todas essas mazelas não tragam conseqüências que sejam percebidas, analisadas e questionadas. Eu prefiro sempre pensar que o ser humano pode melhorar, crescer, ser melhor. Nessa questão, ainda não vi progresso, mas sei que existem alguns leitores mais críticos que ao lerem este texto, podem até nem concordar com tudo o que nele está escrito, mas com certeza reconhecerão que há uma dose bem incômoda de realidade nessas palavras.

Quem sabe, antes de virar um pesadelo, a juventude volte a sonhar como antes. Assim eu espero!

GCLIO: "PNE pra valer no Ceará no Aulão ENEM 2011"

O GCLIO promoveu um momento de reflexão sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE) no "Aulão ENEM 2011.1". Foi distribuído um pequeno texto para estudantes do ensino médio de toda a cidade de Fortaleza que participaram do evento. Além disso a coordenação do Movimento "PNE pra valer no Ceará" fez uma intervenção oral na programação do dia. O coordenador do GCLIO, professor Helder Nogueira Andrade destacou a importância da difusão dos principais pontos do PNE nas escolas do nosso país, com momentos de debate no seio da comunidade escolar que podem ser promovidos por estudantes, professores e outros segmentos da comunidade.  


Davi do CAMPE e do Conselho Nacional de Juventude foi um dos convidados para falar sobre educação, inclusão e o novo PNE.


Intervenção do Prof. Ms. Helder Nogueira Andrade sobre o PNE nas escolas.


TEXTO SOBRE O NOVO PNE DISTRIBUÍDO NO "AULÃO":

VOCÊ CONHECE O PNE?


Atualmente em tramitação no Congresso Nacional na forma do Projeto de Lei 8.035/2010, o novo Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020), representa um dos projetos de lei mais importantes da educacional nacional na atualidade, pois evidencia as principais metas e estratégias da educação brasileira para os próximos dez anos.

Nesse sentido, destacamos que tal Projeto de Lei deve ser aprovado no contexto de um amplo debate que inclua os diferentes setores da sociedade e contemple seus anseios e projetos na forma de emendas que aperfeiçoem o referido PL, tais emendas devem ser apresentadas pelos parlamentares comprometidos com a meta fundamental de um projeto de educação democrático, com equidade e emancipação das maiorias.



"O novo PNE deve tomar como meta prioritária a exigüidade de suas diretrizes e metas, portanto defendemos o seu aperfeiçoamento democrático com a ampla participação dos educadores e das juventudes do nosso país."

 
Prof. Helder Nogueira Andrade.

Coordenador do Grupo Clio.


EDUCADORES, JUVENTUDES E O PNE.

O Grupo Clio, participa das discussões do PNE no Ceará, tomando como objetos básicos a divulgação do projeto de lei nas escolas e outras instituições educativas, além de fomentar debates que visam propor emendas para aperfeiçoar o PNE no Congresso Nacional.

Defendemos que os educadores e as juventudes devem ser protagonistas nos debates relacionados ao PNE, pois está em pauta os rumos da educação brasileira nos próximos dez anos. Com isso, devemos nos perguntar: Que projeto de educação queremos para o nosso país?

Diante de tal questão, precisamos defender a importância de temas como a inclusão de todos e todas nas suas mais variadas expressões, a ampliação do financiamento como determinação da prioridade da educação no Brasil e a democracia como fundamento de uma educação pública, plural e de qualidade.



"Venho defendendo, e mais uma vez o faço, que o PNE será uma das mais importantes discussões na área da educação que teremos este ano no Congresso Nacional. Isso porque o Plano estabelece as metas e diretrizes para a educação brasileira para os próximos 10 anos."



Dep. Federal Artur Bruno.

Membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal.

Membro da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE).